sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Entrevista com Pr. Elias Lopes

O Blog: A Arte da Exposição Bíblica gostaria de agradecer ao Pr. Elias Lopes por conceder respostas às perguntas que irão esclarecer dúvidas de muitos irmãos acerca de assuntos tão discutidos nos últimos dias. A Bíblia e Vida Cristã!
“O Pr. Elias Lopes, é casado com Mônica., pai de dois filhos, Isabela e João Victor, Graduado em Teologia, Professor no Seminário Teológico Batista Nacional e Faculdade Evangélica de São Paulo, autor dos livros “Vida Cristã Abundante Editora ” e “Enquanto Cristo não vem” ambos pela Editora Emunha Publicações. Exerce hoje seu chamado sobre o púlpito da Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério do Belém, na cidade de Poá, SP”.
1 – Como o pastor explica a pluralidade de interpretações errôneas que são atribuídas a Bíblia em nossos dias?
 A principio vivemos à sombra do pós-modernismo e seus efeitos, onde um deles, o pluralismo de idéias, torna conveniente o não-confronto do pensamento individual com idéias outrora consideradas absolutas.
Sendo assim, a própria hermenêutica bíblica torna-se um campo de batalha entre cristãos bíblicos e esses leitores que fazem uma interpretação política, pessoal e tendenciosa.
Outros aspectos que não o cultural, deve-se sobre tudo ao presente panorama religioso no mundo cristão. Esse movimento atual  tem como característica a forte ênfase no individuo e em suas necessidades de consumo. Com isso em mente, o interprete neste contexto busca nas Escrituras explicações descontextualizadas e alegorizadas para trazer soluções pragmáticas, do tipo "Tome posse da terra da promessa", "O Golias de sua vida",  "O seus tesouros escondidos na escuridade", rejeitando o contexto, o objetivo, a verdade central, a gramática e sobretudo o propósito de Deus para sua igreja através de uma verdadeira hermenêutica bíblica na pregação.
Esses dois aspectos acredito serem os que mais tem contribuído para o atual momento.
2 – O que o pastor acha sobre o título de “Apostolo” para os dias de hoje? Você usaria tal título?
Estes sistemas de hierarquias eclesiásticas, que fundem nomenclatura com autoridade, que numa fusão de título mais comando centralizador, é um retorno ao sistema hierárquico católico e medieval. Embora cada igreja seja livre na sua eclesiologia e na constituição de seus cargos, no entanto, o papel do líder é liderar servindo pelo amor, assim como fez Jesus e a primeira geração de seguidores do evangelho.
Outro sim, a palavra "Apóstolo", tem sido usada a muito tempo para falar dos missionários plantadores de igrejas em lugares não-alcançados, assim você tem um apóstolo chinês, um outro na antiga Birmânia e outros nos lugares mais remotos do mundo. Agora veja que este título não tem nada de pretensioso, ele apenas assume em si uma das funções apostólicas que era a evangelização onde Cristo ainda não havia sido anunciado. Estes não se consideravam apóstolos como os da primeira geração, ao contrário, sentiam como aqueles o dever de gastarem suas vidas, como de fato ocorreu, por amor do evangelho. Com isso o que vemos então no cristianismo tupiniquim são títulos desprovidos de vida e piedade.
Se eu usaria o título? Não, não usaria, pois o menor dos apóstolos disse "Que os homens nos considerem...ministros (servos) de Cristo" (I Co 4:1), ser reconhecido espontaneamente pela Igreja em Cristo nessa função é o maior privilégio.
3 – Qual sua posição em relação a pastores na política?
 Aqui, a questão em minha opinião, gira em torna da necessidade de representatividade evangélica nos três poderes.
Nós evangélicos, sempre assumimos uma postura de distanciamento com relação ao Estado, no sentido de engajamento político-partidário. No entanto, desde a década de 60, tem sido comum o discurso de que precisamos dessa representatividade política, para bem da igreja enquanto instituição.
Precisamos aqui então separa o trigo do joio.
Que a igreja como instituição precise de representatividade  na política pode ser um fato consumado, assim como também precisa de advogado, médico, psicólogos e outros profissionais que cuidem do bem-estar de seus membros. Sendo assim, por que não possuir um de seus membros nas assembléias municipal, estadual ou federal? A igreja deve sim, incentivar aqueles que dentre ela sentem a vocação, para servir a Cristo nestes lugares, como cristão e político, ou político-cristão.
Agora quanto ao pastor e seu envolvimento na política, creio, que ele deve se consagrar ao ministério palavra e da oração, à igreja e as ovelhas, pois estamos necessitados de mais obreiros para esta parte da seara.
4 – Porque não vemos mais tantos milagres como na igreja primitiva?
Os milagres ocorrem onde há a manifestação livre e soberana do Espírito Santo. Agora, não houve nenhum período da história da igreja em que esta manifestação da ação sobrenatural de Deus na história deixasse  de ocorrer. Em alguns momentos podemos ver pouca ação aqui e ali mas ela sempre ocorre. O que de fato precisamos é de um avivamento que traga  novo frescor espiritual à igreja brasileira que reavive a nossas vidas, nossa pregação e testemunho e em decorrência disso haja sinais e prodígios com legitimas conversões de vidas.
A ação do Espírito Santo não está condicionada aos limites de nossas ações, pois em algum lugar e através de alguém Ele está cooperando com sinais e prodígios na pregação do evangelho. Que possamos Tê-lo conosco através de uma vida e  ministério fiel.
5 – Temos alguma base Bíblica para consagração de objetos? (Ex.: Lenços, rosas, água etc).
Nenhuma. Esta ação segue o principio do sincretismo religioso, que funde elementos das principais correntes religiosas de nosso país, por exemplo, o sal, a pólvora, as ervas, as fitas, os mantras recitados e repetidos, etc...
A cultura brasileira está permeada de elementos mistos da crendice popular seja eles de matiz católica ,afro, kardecista, ameríndia, judaico-marrana, moura, etc... com isso torna-se um elemento fértil para a fusão de uma mensagem evangelística que alcance a mentalidade do povo brasileiro e de muitos que freqüentam as igreja em busca de soluções imediatas.
Outro fator é a descontextualizarão de textos onde tanto Jesus como alguns apóstolos parecem dar legalidade a este tipo de ação. Jesus por exemplo mistura saliva com lodo e unta aos olhos do cego, coloca os dedos nos ouvidos e toca com saliva na língua do mudo e surdo ou ainda expele doenças meramente por um toque como no leproso.  Veja que não há um ritual a ser seguido. O mesmo poderia se dizer da sombra de Pedro, da roupa de Paulo, do cajado de Moisés, do manto de Elias, da farinha de Eliseu, e outros que não me vem a mente agora.
Mas em todos estes casos não está implícito nem explicito seguir estas práticas que eram ações isoladas dos ministérios acima citados.
Ainda outra questão, estes objetos não foram ungidos para ser usados por outrem, na verdade eles foram usados dentro da realidade do momento e não mais. Não tinha sal para proteção, nem lenço para cura, nem outro qualquer objetos fora consagrado como se faz em outras manifestações religiosas contrárias as Escrituras.
O que faz a diferença no milagre é ação de Deus sobre nossas vidas e não os objetos abençoados ou amaldiçoados por quem quer que seja.
6 – Uma pessoa pode cair no chão ou se debater ao receber o Espírito Santo?
Os fenômenos espirituais que acompanham o avivamento são tão variados como a ação do vento sobre a terra. Nunca podemos dizer onde, como e com que freqüência vai continuar a vai acontecer sem os instrumentos legítimos para isto.
Desde os profetas do Antigo Testamento, passando pela era apostólica e culminado com os grandes avivamentos e o último deles em minha opinião, o que ocorreu em 1906 a partir da Rua Azuza, em Los Angeles, EUA, você percebe aqui uma variação de manifestações em cada um deles.
Alguma  perda dos sentidos ou desmaio, a exemplo da esposa de Jonathan Edwards, as pessoas prostradas nas reuniões de John Wesley e Whitefield, ainda aqueles que caiam antes de chegarem ao lugar de reunião na rua Azuza, etc... só para citar exemplos diversificados de quando o Espírito Santo é derramado num despertamento.
Agora um fato é comum em tudo isto, a manifestação do Espírito Santo nestes períodos tornava a igreja mais concisa da presença de Deus e da necessidade de evangelização do mundo.
Não há manifestação do Espírito Santo sem que haja uma ação Dele na vida do individuo e da igreja,
Fora disso qualquer manifestação física deve ser vista como discernimento para que se tome cuidado como outros tipos de manifestações, foi o que Jonathan Edwards fez em seu tempo.
7 – O que de fato é o batismo no Espírito Santo?
Primeiro deixe-me dizer o que não é.
Não é uma segunda bênção, se comparada à salvação.  A salvação é incomparável no seu alcance e propósito.
Não está relacionado a nenhum tipo de grau de santidade pessoal por parte daqueles que serão batizados no Espírito Santo.
E também não significa o ato da conversão, como alguns de nossos irmãos afirmam.
O que é então? Em nossa definição tradicional o batismo no Espírito Santo seria a ação de Jesus Cristo em conceder aos cristãos um poder espiritual para o desempenho do ministério de testemunho. Este revestimento de poder ocorre numa manifestação espontânea do Espírito sobre a pessoa que busca esta experiência em oração perseverante, e que é testificada fisicamente com o falar em línguas ou na manifestação de outro dom, que não necessariamente as línguas estranhas.
Além desta definição tradicional, penso que a confirmação desta experiência, é a mudança que ocorre na dedicação pessoal do individuo que fora batizado no Espírito Santo, deve haver aqui uma maior dedicação pessoal, espontânea e dedicada a causa evangelística.
A história está ai para comprovar o que estou dizendo. Hoje no mundo a experiência com o batismo no Espírito Santo ultrapassa o número dos 500 milhões de cristãos que afirmam serem batizados no Espírito Santo e de suas igrejas que crescem e devem crescer saudavelmente.
8 – O pastor é a favor da ordenação pastoral feminina?
 Acredito no papel importantíssimo das mulheres na igreja, desde Maria, a mãe de nosso Senhor Jesus,  as desconhecidas mães da Igreja, aquelas anônimas que fizeram a história da igreja desde os primeiros séculos e chegando aos nosso dias. É inegável a contribuição do papel das santas mulheres como Mônica, mãe de Agostinho ou das fiéis mártires como Perpétua, Felicidade e Blandina pela causa cristã e tantas outras conhecidas ou não.
No entanto, no meu entendimento de acordo com o Novo Testamento e história da igreja, a ordenação pastoral feminina não encontra respaldo em lugar algum.
Este ministério é/foi concedido ao homem, como na economia da criação e da família. O homem, nestes casos, sempre é visto como o responsável direto na administração e a mulher como sua adjuntora direta.
Outro sim, cabe destacar que este debate é recente, pois não se pensava nessa possibilidade anteriormente dentro dos movimentos cristãos antes do século XX. As mulheres sempre foram vistas como importantes e distintas dos homens em suas funções, mas nunca em posição de plena liderança sobre eles ou sobre as comunidades eclesiásticas.
Sendo assim, penso que dentro da eclesiologia de cada denominação a mulher deva ter seu lugar de participação nos ministérios da igreja. Isto eu acho importante e deve ser incentivado, cada mulher descobrindo seus dons e talentos indispensáveis para o crescimento da igreja.
9 – Porque o crente não pode fazer sexo antes do casamento?
 O ato sexual deve ser visto como uma celebração emocional, física e espiritual entre duas pessoas que vivem sem culpa e que estão debaixo da bênção de Deus.
Fugir disto é viver fora da vontade de Deus e trazer prejuízos espirituais, emocionais e sociais.
10 – Existe pecado imperdoável para Deus?
Sim. O único pecado imperdoável de que nos fala as Escrituras (Lc 11:14 ss), seria a blasfêmia contra o Espírito Santo, que ocorre num estado de endurecimento moral e consciente por parte do individuo diante da evidência de uma ação de Deus, atribuindo isso a Satanás, como no contexto da passagem citada.
Fora disso, aonde abundou o pecado superabundou a graça, Basta confessar arrependido e ser aceito pela fé no amor de Deus.
Que Deus continue abençoando a vida do pr. Elias e de toda sua família.

Veja mais artigos do Pr. Elias Lopes no Blog:

Soli Deo Gloria.

O Culto que prestamos a Deus


Tema: O Culto que prestamos a Deus
Texto: Is 6.1-8

Introdução:
Neste capitulo vemos o culto que Isaias presta a Deus. Na época de Isaias o povo vivia de forma errada, rendidos a idolatria, e faziam como se isto fossem coisas boas. E neste cenário surge um homem que II Cr 26 o descreve como um grande homem, cumpridor das leis de Deus, porém um dia ele foi tomado pela vaidade e como rei ele quis oferecer sacrifício (Que era função do sacerdote). Por esse erro ele é punido com a lepra e é obrigado a deixar a casa real para morrer fora desta terra.

Por esse motivo Isaias relata “No ano em que morreu o rei Uzias”. Isso significa que a questão social e religiosa daquele povo estava totalmente caótica. E é neste momento que Isaias tem uma visão

S/T: 5 Pontos fundamentais no Culto que prestamos a Deus

1ª Ponto: Adoração

No texto de Isaias no verso 3 aprendemos como adorar a Deus, e como devemos reconhecê-lo. Deus é Pai, Onipotente, Amor, mas a bíblia nos ensina que devemos reverenciá-lo pela Sua Santidade, por isso os anjos clamavam: “Santo, Santo, Santo”. Esse é o momento em que o profeta vê o contraste entre a santidade de Deus e seu pecado. O primeiro momento no culto não deve ser para pedir, mas deve ser para adoração.

2ª Ponto: Contrição

Esse deve ser o momento em que reconhecemos nosso pecado diante da santidade de Deus. A santidade de Deus nos leva a enxergar nossos pecados. Se Deus não estiver no culto não haverá quem nos convença do pecado.

Pois sozinho o homem não enxerga seu pecado, pois ele está apto para arrumar desculpas e justificativas, de maneira que ele mesmo se “absorve” do pecado dizendo: Todo mundo faz!

Mas se Deus estiver no culto, todas estas desculpas não serão válidas, e seremos humilhados então teremos de pedir perdão a Deus.

3ª Ponto: Ação de Graças

Esse é o momento em que nós agradecemos a Deus pelo que Ele faz em nossas vidas (perdão de pecados). É o momento de exultar no Deus da nossa Salvação.

4ª Ponto: Palavra de Deus

Isaias diz: “Depois disso eu ouvi a voz de Deus” Quando Neemias vai cultuar, e Esdras é chamado, o povo começa a proclamar: - Traga o Livro!!! E quando o livro chega o povo fica de pé.

O que é básico no culto não é a mensagem mas a palavra de Deus.

5ª Ponto: Nossa resposta diante de Deus

Por fim precisamos ter uma resposta diante de Deus. Existem aqueles que entram em um culto, porém sua mente está ao longe transitando, e quando ele volta, ele não tem nada a responder diante de Deus. Pois ninguém pode sair de um culto da mesma maneira que adentrou, ou sairá melhor, pois a Palavra achou abrigo em seu coração, ou sairá pior, pois seu coração ficou tão endurecido que nem mesmo a palavra alcançou morada.

Conclusão:

Certa Mulçumana ao se converter orou: “Se te adoro por medo do inferno, então manda-me para lá. Se te adoro pelo paraíso, então não permita que eu entra lá. Mas se te adora por quem Tu És, então mostra-me a beleza da Sua Santidade”

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Quem é Jesus?

Confissão de Fé Batista de 1689 - Parte VII - O Pacto de Deus



CAPÍTULO 7
O PACTO DE DEUS

1. A distância entre Deus e a criatura é tão grande que, embora as criaturas racionais lhe devam obediência, por ser Ele o criador, elas jamais poderiam alcançar o Dom da vida, senão por alguma condescendência voluntária da parte de Deus.1 E isto Ele se agradou em expressar por meio de um pacto com o homem.
1 Lucas 17:10; Jó 35:7-8.

2. Tendo o homem trazido sobre si mesmo a maldição da lei, por causa de sua queda no pecado, o Senhor teve por bem estabelecer o pacto da graça.2 Neste pacto Deus oferece gratuitamente, a pecadores, vida e salvação por Jesus Cristo, requerendo-lhes fé nEle para que sejam salvos,3 e prometendo dar o Espírito Santo a todos os que estão destinados para a vida eterna, para lhes dar a vontade e a capacidade para crerem.4
2 Gênesis 2:17; Gálatas 3:10; Romanos 3:20-21.
3 Romanos 8:3; Marcos 16:15-16; João 3:16.
4 Ezequiel 36:26-27; João 6:44-45; Salmo 110:3.

3. Este pacto está revelado no evangelho: primeiramente na promessa feita a Adão, de salvação pelo descendente da mulher;5 depois, por etapas sucessivas, até que sua plena revelação foi manifestada no Novo Testamento.6 O pacto está fundamentado na eterna aliança que havia entre o Pai e o Filho para a redenção dos eleitos;7 é somente pela graça deste pacto que os descendentes de Adão que são salvos obtêm vida e uma bendita imortalidade, pois o homem é agora totalmente incapaz de ser aceito diante de Deus nos mesmos termos em que Adão vivia, em seu estado de inocência.8
5 Gênesis 3:15.
6 Hebreus 1:1.
7 II Timóteo 1:9; Tito 1:2.
8 Hebreus 11:6,13; Romanos 4:1-2; Atos 4:12; João 8:56.

Confissão de Fé Batista de 1689 - Parte VI - A Queda do Homem; O Pecado e Sua Punição



CAPÍTULO 6
A QUEDA DO HOMEM; O PECADO E SUA PUNIÇÃO

1. Deus criou o homem justo e perfeito, e lhe deu uma lei justa, que lhe seria para vida, se a guardasse, ou para morte, se a desobedecesse.1 Mesmo assim o homem não manteve por muito tempo a sua honra. Satanás valeu-se da astúcia da serpente para seduzir Eva; e esta seduziu a Adão, que, sem ser compelido, transgrediu voluntariamente a lei instituída na criação, e a ordem de não comer do fruto proibido.2 De acordo com seu conselho sábio e santo, aprouve a Deus permitir a transgressão, porque, no âmbito do seu propósito, mesmo isso Ele usaria para a sua própria glória.
1 Gênesis 2:16-17.
2 Gênesis 3:12-13; II Coríntios 11:3.

2. Por esse pecado, nosso primeiros pais decaíram de sua condição original de retidão e comunhão com Deus. No pecado deles nós também pecamos, e por isso a morte veio sobre todos;3 todos se tornaram mortos no pecado4 e totalmente corrompidos, em todas as faculdades e partes do corpo e da alma.5
3 Romanos 3:23.
4 Romanos 5:12-21.
5 Tito 1:15; Gênesis 6:5; Jeremias 17:9; Romanos 3:10-19.

3. Sendo eles os ancestrais e, pelo desígnio de Deus, os representantes de toda humanidade, a culpa do pecado foi imputada a toda a sua posteridade, e a corrupção natural passou a todos os seus descendentes,6 por nascimento, visto que todos são concebidos em pecado.7 E são por sua natureza filhos da ira,8 escravos do pecado e passíveis de morte;9 e todos estão sujeitos às misérias espirituais, temporais e eternais, a menos que o Senhor Jesus os liberte.10
6 Romanos 5:12-19; I Coríntios 15:21-22,45,49.
7 Salmo 51:5; Jó 14:4.
8 Efésios 2:3.
9 Romanos 6:20; Romanos 5:12.
10 Hebreus 2:14-15; I Tessalonicenses 1:10.

4. Da corrupção natural procedem todas as atuais transgressões,11 porque ela nos torna completamente indispostos, incapacitados e contrários a todo bem, e totalmente inclinados para todo o mal.12
11 Tiago 1:14-15; Mateus 15:19.
12 Romanos 8:7; Colossenses 1:21.

5. Durante esta vida, a corrupção de natureza permanece, mesmo naqueles que são regenerados.13 E embora ela seja perdoada e mortificada mediante Cristo, a corrupção em si, as suas inclinações, e o que dela procede, tudo é verdadeiramente pecado.14
13 Romanos 7:18,23; Eclesiastes 7:20; I João 1:8.
14 Romanos 7:23-25; Gálatas 5:17.

Casamento! Uma aliança criada por Deus


Tema: Casamento! Uma aliança criada por Deus
Texto: I Co 7.39 (Casar-se no Senhor).


Introdução:
Casar-se no Senhor não significa casar-se em uma igreja ou ter uma cerimônia realizada pelo padre, nem tão pouco por um pastor. Mas significa entender o propósito Daquele que é o Senhor absoluto de todas as situações.


S/T: Existem 4 condições para que um casamento esteja firmado no Senhor

1ª Condição: Saber que o casamento é uma oportunidade de servirem melhor a Deus.
Foi o próprio Deus quem criou o casamento, então seria muita pretensão nossa achar que podemos ter um casamento feliz e duradouro sem a ajuda Dele. Existem duas maneiras de conhecer a vontade de Deus para o casamento: (1ª) Perguntando diretamente a Ele (Podemos fazer isso por meio da oração), (2ª) Por meio do manual que Ele nos deixou, (A Bíblia).
Devemos saber que antes dos propósitos de um para com o outro, é necessário entender os propósitos de ambos para com Deus. Por esse motivo sempre devemos recorrer ao auxilio de Deus para o bom andamento do nosso casamento.


2ª Condição: Respeito Mutuo.
Ambos precisam saber que são diferentes, vieram de famílias diferentes, costumes diferentes, e que essas diferenças devem ser respeitadas acima de qualquer satisfação pessoal. O respeito é um dos votos realizados na cerimônia do elasse matrimonial, pois trata-se de uma condição imprescindível para o bom andamento do casamento.


3ª Condição: Compromisso.
Ambos precisam saber que agora não vivem mais para promoverem sua alto satisfação, ou alto felicidade, e sim para promover a felicidade do seu cônjuge. O Senhor Jesus chamou esse compromisso de “Amor Sacrificial”


Ilustração:
Um casal após 50 anos juntos foram interrogados com a pergunta: - Qual o segredo da durabilidade e felicidade deste casamento?
O marido cheio de orgulho respondeu: - Durante 50 anos eu preparo o café da manhã para minha esposa e a parte que eu mais gosto do pão é a ponta, porém eu corto e dou para ela comer.
Os interrogadores fizeram a mesma pergunta para esposa, e sua resposta foi: - Durante 50 anos meu marido prepara o café, a parte que eu menos gosto do pão é ponta, porém toda manhã eu como, pois sei do seu empenho e compromisso ao preparar o café.


4ª Condição: Comunicação.
Essa condição é fundamental em um casamento, pois hoje os jovens são cheios de energia, vigor, força. Mas chegará um dia no casamento que a força, energia e vigor não serão mais os mesmos, por conta do tempo e da idade. E é nesse momento que contará o dialogo, a comunicação que foi construída ao longo da vida.
É triste ver um casamento que vive sem dialogo, aparente e de fachada, movido apenas pelas atrações físicas, pois este casamento jamais resistirá à prova do tempo.
 

Conclusão:
Como dizia o poeta popular “Toda longa jornada inicia-se com o primeiro passo”.
Essa união é o primeiro passo de um casamento abençoado por Deus e repleto de amor. Que Deus continue lhes abençoando a cada dia. Parabéns!

Soli Deo Gloria!

Luiz Brito



sábado, 16 de outubro de 2010

Esboço - I João 4.1-6 - Testem os espíritos



"Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus;E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo. Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo. Do mundo são, por isso falam do mundo, e o mundo os ouve. Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus ouve-nos; aquele que não é de Deus não nos ouve. Nisto conhecemos nós o espírito da verdade e o espírito do erro"



Texto: I João 4.1-6

Tema: Testando os espíritos


Introdução:

Devemos lembrar que João escreve para uma igreja que estava sofrendo intensos ataques dos falsos mestres que haviam saído de dentro desta própria igreja.

Por esse motivo João termina o capitulo 3 desta primeira carta dizendo que conhecemos que somos de Deus, pelo espírito que Ele nos deu.

João nos ajuda a responder algumas perguntas:

- Como podemos saber se verdadeiramente recebemos o Espírito Santo?

- Como podemos saber se alguém fala por intermédio do Espírito Santo?



V.1 (a) – “Não deis crédito” – João pede que tenhamos cuidado, e que podemos discernir entre a verdade e o erro. O termo “espirito” usado por João pode ser usado ou interpretado como “ensinos” ou “ensinamentos”, conforme nos oriente Kistemaker.

Como podemos saber se um ensino é verdadeiro?

V.1 (b) – “provar os espirito” – (Fazer testes de seus ensinos)

Assim como o metalúrgico prova o metal com fogo, devemos provar os ensinos, para que não aconteça o que o Apostolo Paulo adverte ao escrever a Timóteo (I Tm 4.1-2)

Como podemos provar os espíritos, ou testar os ensinos e os ensinadores?

No Antigo Testamento, Moisés usou uma formula ou critério para provar ou testar os ensinos, identificando se eram de Deus ou de um falso profeta (Dt 18.21-22)

Porém será que esse é o único método que temos para testar os ensinos?

Jesus falou sobre este teste em Seu maior sermão sobre o monte cornus de Hattin (Mt 7.15-20). Jesus diz que pelo fruto, conheceremos seus ensinos, e se procedem de Deus ou de falsos profetas.

João usa um outro teste, para nos ensinar a combater os que operam pelo espírito do anticristo.

V.2 – Em primeiro lugar devemos testar a confissão ou profissão.

O que esses mestres professas, ou quais são suas confissões de fé. Uma confissão que vem de Deus, professa que Cristo veio em carne, ou seja como homem. Paulo falou sobre teste semelhante em Corinto (I Co 12.1-3). As Escrituras ensinam que Cristo assumiu uma identidade humana e divina, (Hb 2.14-15 citação), que se esvaziou de Sua gloria e se fez como um de nós (Fl 2. 5-10 citação).

Em segundo lugar João ensina o teste da negação. Esses falsos mestres influenciados pelo espírito do anticristo, alem de terem uma confissão que não está pautada na verdade divina, eles ainda negam essa verdade. E por isso não podem ser de Deus, pois Jesus nos disse que aquele que o negar Ele também o negaria naquela grande dia (Mt 10.32-33).

V.3 – O anticristo é a figura escatológica sombria que virá no fim dos tempos, cujo a caracteristica principal é a guerra contra o povo de Deus e o desejo de ocupar o lugar de Deus. Este virá no poder de satanás, fazendo sinais e prodígios, enganando a muitos e disseminando o erro religioso, até que pode fim será destruído por Deus.

João diz que todo aquele que é reprovado no teste do espírito ou ensinamentos, fala por meio do espírito do anticristo.

V.4 – João mostra o contraste entre os que negam a Cristo e os que são Seus verdadeiros filhos. Pois esse motivo João os chama de forma afetuosa “ Queridos filhos”

João diz que eles já venceram. Essa frase mostra a convicção de que eles não serão enganados, ao seguirem suas orientações

V.5 – A palavra “mundo” neste texto é muito importante, pois tem uma conotação diferente do verso anterior. (Ele aparece 3x neste texto).

Mundo aqui não significa o local ou espaço onde os seres humanos vivem, e sim um sistema ou conjunto de pessoas que são hostis para com Deus e estão debaixo da influencia do anticristo.

João nos alerta que as pessoas são atraídas a esse sistema, as pessoas preferem a maldade, preferem ouvir e viver na mentira, são amantes das palavras que cosam ou ouvidos. Isso é a consequencia do pecado (Rm 5.12) resultado da ira de Deus (Rm 1.16-32)

V.6 – João encera falando: “Nós que somos de Deus” – Significa que precisamos pregar essas verdades. Não devemos somente nos desviar do erro religioso, mas devemos também pregar a verdade.

João diz que os que conhecem a Deus nos dão ouvidos.

O homem vive em um estado de depravação total, perdido e submergido no pecado, de forma que ele se encontra morto no pecado, cego, impossibilitado de se achegar a Deus, amenos que Deus se revele com graça poder e misericordia a ele.

Existe duas formas de se conhecer a Deus:

A primeira é pela revelação natural – Essa é a ideia que as pessoas tem de um criador por meio das coisas criadas. Porém essa revelação não pode produzir salvação.

A segunda é pela revelação especial de Cristo – Essa é graça por meio do redentor Cristo Jesus. E só pode ser transmitida por meio da pregação do evangelho. Por esse motivo precisamos pregar, para levar salvação.

Conclusão:

Precisamos ter discernimento entre a verdade e o erro, para que não sejamos enganados pelos falsos mestres que ensinam influenciados pelo espírito do anticristo.

Devemos permanecer firmes nos ensinos do evangelho, crente de que somos vencedores, pois maior é o que está em nós do que o que está no mundo.

E principalmente devemos anunciar essas verdades. Pois aqueles que conhecem a Deus sempre nos darão ouvidos. Devemos pregar para que o poder do evangelho seja manifesto na vida das pessoas que outrora estavam perdidos no pecado como nós em outro tempo.

Que Deus continue nos abençoando.

Soli Deo Gloria.

Luiz Brito

sábado, 4 de setembro de 2010

O Cristão e a Eleição


O Cristão e a Eleição
Precisamos de uma reforma na política do nosso País

A algum tempo venho observando que os cristãos tem cada vez menos vontade de se envolver em questões políticas e sociais.

Não estou aqui me referindo e nem tão pouco apoiando "pastores" candidatos, pois não acredito que um pastor local conseguiria gerir um Estado ou Cidade e ainda nutrir de forma digna seu rebanho. Porém o que estou dizendo é que não se separa espiritual do social. Após ministrar durante 7 meses a carta de Tiago sobre o púlpito da Igreja Batista Missionária de Campos Elíseos, pude aprender a verdadeira essência do capitulo 2 desta carta, onde o apostolo fala acerca das obras. E de forma resumida posso dizer: "não fazemos obras para ser salvos, mas a fazemos porque já somos salvos", no entanto é impossível separar da vida cristã espiritualidade e aplicação social.

Me preocupo quando vejo alguns irmãos dizendo: "Vou reivindicar! Vou votar no Tiririca!". É claro que não tenho nada contra o Tiririca, pelo contrario, como humorista creio ser ele um dos melhores do País, só me referi como exemplo, e poderia citar tantos outros que fazem do nosso horário eleitoral gratuito uma verdadeira piada.

Ouvir essas palavras de cristãos, é quase que um insulto, pois isso não é reivindicar e sim banalizar toda a história do cristianismo. Será que esses que se dizem cristãos não viram nada sobre a reforma, e como foi difícil para que o evangelho chegasse a outros lugares, levando mudança e avanço social. O Evangelho de Cristo tem poder para mudar vidas, e para mudar toda um Nação.

Como cristãos precisamos usar as armas que nos foi dada para mudar a história de nossa Cidade, Estado e Nação.

Em primeiro lugar devemos orar pelas autoridades, devemos também nos engajar com os problemas de nosso Estado e País, Jesus nos chamou de Sal da terra! Assim como o sal tem a função de conservar a carne, para que ela não entre em estado de putrefação, nós somos chamados para conservar nossa terra, mesmo que ninguém mais esteja interessado em lutar contra as drogas, pedofilia, violência, ou pelas questões sóciais de nosso Bairro ou Cidade. Nós estamos!, pois fomos chamados para isso.

E só existe um lugar onde podemos lutar contra essas questões, e é na política. Por isso no dia 03 de Outubro vote consciente, ore e peça direção a Deus, acompanhe as propostas dos candidatos. Mais uma vez, nós podemos ser canais de bênçãos para mudança do nosso Estado e nossa Nação.

Soli Deo Gloria

 

domingo, 22 de agosto de 2010

Por que o homem não é capaz de voltar para Deus?

Por que o homem não é capaz de voltar para Deus?


Por: Clovis Gonçalves

"Suas ações não lhes permitem voltar para o seu Deus. Um espírito de prostituição está no coração deles; não reconhecem o Senhor”. Os 5:4

As duras palavras ditas por Deus através do profeta era dirigida aos religiosos, ao povo em geral e à família real, sem deixar ninguém de fora: “Ouçam isto, sacerdotes! Atenção, israelitas! Escute, ó família real! Esta sentença é contra vocês” (Os 5:1). As terríveis consequências da Queda não desviam de nenhum filho de Adão. “Todos pecaram e separados estão da glória de Deus” (Rm 3:23). Mas o texto nos mostra que o problema com o pecado não é apenas sua extensão, atingindo a todos os homens, mas também a profundidade em que penetra em cada ser humano, afetando todas as suas faculdades.


As obras impedem de voltar para Deus, Is 59:2


O proceder do homem natural é corrompido de tal forma que ele só faz pecar e pecar. Nem mesmo uma reforma exterior ele pode apresentar de forma consistente, pois “suas ações não lhes permitem voltar para o seu Deus” (Os 5:4a). A prática do pecado se torna um hábito tão natural que o homem quase nunca percebe que sua natureza está dominada pelo pecado. Não raro as pessoas consideram seus pecados como sendo falhas desculpáveis, e as vezes os defendem como uma virtude. Na verdade, estão tão acostumados aos seus pecados quanto se acostumaram à cor da pele. “Será que o etíope pode mudar a sua pele? Ou o leopardo as suas pintas? Assim também vocês são incapazes de fazer o bem, vocês que estão acostumados a praticar o mal” Jr 13:23.

Contrariando os profetas citados, os homens acreditam que é tudo uma questão de escolha, que basta ao homem preferir o bem que é capaz de fazê-lo. Chamam a essa capacidade de livre-arbítrio. Porém, a Escritura não oferece nenhum respaldo a essa filosofia humanista, quando diz que “todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer” (Rm 3:12). Isto é corroborado pela observação e a experiência de cada um, que não consegue encontrar um só homem na história que tenha superado sua inclinação para o mal e vivido sem pecar. E quando olhamos para nós, temos que confessar que o “porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço” (Rm 7:19).

O coração é dominado pelo pecado, Mc 7:21-23

Num nível mais profundo, o pecado domina o coração das pessoas, “um espírito de prostituição está no coração deles” (Os 5:4b), diz o mensageiro do Senhor. No Gênesis o diagnóstico divino sobre o coração humano era de que “toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente” (Gn 6:5) e que tal condição não exclui nem as crianças, pois “a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice” (Gn 8:21). As palavras de Salomão sobre o ímpio de que “há no seu coração perversidade, todo o tempo maquina mal” (Pv 6:14) não se aplica apenas a Hitler e a quem esquarteja namoradas, mas também a pais de famílias honestos, pois “enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso” (Jr 17:9).

Não é o homem que determina como seu coração deve ser, mas o coração é que determina como o homem é, “porque, como imaginou no seu coração, assim é ele” (Pv 23:7). Um homem sempre procederá de acordo com a natureza de seu coração. Se este for endurecido e mau, então tal pessoa resistirá ao Espírito e procederá de forma contrária à lei de Deus. Por isso que as pessoas dos dias de Oséias não podiam voltar para Deus, pois seus coração estavam dominados por um espírito de prostituição e dominavam o comportamento deles. E é por isso que o homem moderno não pode converter-se a Deus, pois a natureza de seu coração é má e o incapacita para o bem.

O pecado cega o entendimento, 1Co 2:14

O pecado afeta também a mente do homem, cegando-o para as coisas de Deus. “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1Co 2:14). Ao invés de se voltar para Deus “o povo que não tem entendimento corre para a sua perdição” (Os 4:14), ainda mais que “por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes” (Rm 1:28). Outro profeta descreve a cegueira do povo como sendo pior que a dos animais, pois “o boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende” (Is 1:3).

Como “tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas” (Tt 1:5), não são capazes de compreender a mensagem do evangelho. Precisam, antes, ter “iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos” (Ef 1:18), do contrário sua mente irá das trevas presente para as trevas exteriores, sem conhecer a luz do Senhor.

Conclusão

O livre-arbítrio como capacidade do homem se voltar para Deus é uma mentira de Satanás, que assim perverte o evangelho, levando homens a torná-lo persuasivo a defuntos. Pois os pecadores não experimentam outra realidade senão o pecar, tornando a rebelião a Deus um hábito que não podem mudar. Além disso, seu coração que determina suas ações é fonte de toda sorte de males, sendo enganoso e perverso, portanto desinclinado às coisas de Deus. E sua mente é corrompida de tal forma pelo pecado que o evangelho lhe parece loucura indigna de crédito, só aceitando naturalmente se a mensagem for modificada de tal maneira que não se pareça em nada com o evangelho da glória de Deus. Diante disso, eles até “voltam, mas não para o Altíssimo” (Os 7:16). Igrejas lotam, mas corações continuam vazios de Deus, ocupados somente com a prostituição espiritual “porque um espírito de prostituição os enganou, eles, prostituindo-se, abandonaram o seu Deus” (Os 4:12).

Soli Deo Gloria
Clóvis Gonçalves é blogueiro do Cinco Solas e escreve no 5 Calvinistas às segundas-feiras.
Fonte: [ 5 Calvinistas ]

segunda-feira, 7 de junho de 2010

UM ARGUMENTO CALVINISTA

UM ARGUMENTO CALVINISTA




Olá Irmãos, Graça e Paz

A algum tempo tenho arquitetando em minha mente um post sobre o Calvinismo. Ouvi de um professor no seminários palavras acerca do Calvinismo que me deixaram intrigados. As palavras eram mais ou menos assim:

“Não consigo acreditar na doutrina Calvinista, pois imagino alguém chegando diante de Deus, no dia do Grande Trono Branco e dizendo: - Eu até queria ser salvo, mas o Senhor me predestinou para a perdição e sofrimento eterno.”

Tais palavras me deixaram pensativo, imaginando que tipo de Calvinismo tem sido disseminado hoje, pois argumentos como estes não retratam o autentico Calvinismo que conheço.

No dia 04/06/2010 o Professor Augustos Nicodemus postou em seu Blog um artigo com o seguinte tema: “O Calvinismo Segundo Entendo”. Esse post, irá ajudar-me no desenvolvimento da exposição do que acredito como sendo um verdadeiro argumento Calvinista.

Em primeiro lugar devemos entender qual a situação do homem que chegará diante de Deus para julgamento no Grande Dia do Senhor.

O homem (ímpio), encontra-se, num estado de total inimizade contra Deus, sem conhecimento algum das coisas divinas. Porém não foi assim que Deus o criou.

Deus criou o homem para refletir suas caracteristicas, por isso criou o homem sua imagem e semelhança [Gn 1.23-27; Gn 5.1; Gn 9.6; I Co 11.7; Tg 3.9]. Deus criou o homem, um ser moralmente admirável, dotado de inteligência com capacidade de refletir, produzir e governar [Gn 1.28-30]. Porém em determinado momento o a criatura preferiu não manifestar a imagem de seu Criador, refletindo sua própria imagem, dando ouvidos a voz do diabo e se rebelando contra Deus. O Calvinismo crê que Deus embora tenha determinado todas as coisas, a determinou conforme Seus planos infalíveis levando em consideração as responsabilidades morais de suas criaturas.

Essa queda denegriu ou distorceu a imagem que o homem refletia de Deus, o tornando agora inimigo de Deus [Rm 8.7].

O pecado, ou a queda, trouxe ao homem consequencias terríveis. Em primeiro lugar, o homem agora está morto espiritualmente. O pecado de Adão trouxe consequencias a todos os homens, como Paulo descreve em Romanos 5.12 “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram”. Esse texto nos diz que quando Adão pecou, nós pecamos, quando Adão caiu, nó caímos, quando Adão morreu nós morremos.

Essa queda deixou o homem que antes era a imagem de Deus, agora com uma imagem corrompida, sob a culpa, sob o poder do pecado, sob o reino da morte e de satanás, sob a ira de Deus [Rm 3.9; Rm 5.17-21; Rm 1.18-19; Rm 1.24]. Essa queda agora desliga o homem de Deus o separando de Sua Gloria [Rm 3.23].

O homem não está a frente do pecado, e sim com o pecado entrelaçado no âmago de seu ser, o homem está totalmente preso sob o poder do pecado. “Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer, Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus, Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só” Rm 3.10-12

O homem está em um estado de total miséria, ao ponto de não haver nele o menor senso de caminhar em direção a Deus. O homem natural encontra-se, morto no pecado [Rm 5.12; Ef 2.1], escravizado pelo pecado [Rm 7.14; Jo 8.34; Rm 7.23], como objeto da ira de Deus [Ef 2.3], cego da verdade divina [ Ef 4.18], corrompido de consciência [Tt 1.15-16], sem entendimento nenhum de Deus [I Co 2.14], como se não bastasse, o homem também, é inimigo de Deus [Rm 8.7], entregues a todas essas condições sem nenhuma culpa ou reprovação mental, pois está debaixo da justiça de Deus [Rm 1.28]. É por isso que Jeremias escreve “Enganoso é o coração do homem, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” Jr 17.9

O coração do homem é enganoso, porque está sob a natureza caída do pecado, e repleto de toda concupiscência.

Entendendo esse principio bíblico, conseguimos definir que o homem jamais poderia querer voltar-se a Deus por seus próprio méritos. Não existe no homem nada que o faça querer buscar a Deus. Por esse motivo o argumento apresentado pelo professor de que alguém diria diante de Deus: “Eu queria ser salvo...” não passa de baboseira arminiana, pois o homem não busca salvação, o homem não busca a Deus, mas é Deus que pela Sua misericordia atrai pecadores a Sua Graça. O homem por si só jamais poderia caminhar em direção a Deus “querendo ser salvo”, mas é Deus que pela graça e soberania, resgata o homem de seu estado caído, das trevas para maravilhosa luz, por meio de Cristo Jesus.

Efésios 2.1-10

“E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência, Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também. Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus, Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus, Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus, Não vem das obras, para que ninguém se glorie, Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas”.

Ele nos resgatou, pois do contrario, não teríamos em nós nenhum desejo de buscarmos a Ele. Esse argumento apresentado de que o homem justificaria sua miséria sob a acusação da acepção de Deus na pré-escolha é totalmente furada, pois todo homem está a caminho do inferno, sem desejo nenhum de voltar-se a Deus.

O homem perdeu sua identidade de ser a semelhança de Deus, e em conseqüência disto estava totalmente contra Deus. Porém agora pela graça de Deus, por meio de Cristo, o homem pode voltar-se a Deus, não por esforços humanos, mas pela graça divina. “Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” Rm 8.29

Não é o homem que se achega a Deus, mas Deus que se manifesta ao homem.

Em João 3, vemos a história de Nicodemos que procurou a Jesus para saber o que deveria fazer para herdar a vida eterna. Jesus lhe responde que é necessário nascer de novo. Nicodemos responde: Como pode um homem já velho retornar ao ventre de sua mãe? É certo que Nicodemos não estava entendendo o que Jesus estava lhe dizendo, porém após Jesus explica que o novo nascimento referia-se ao nascimento do Espírito, e conclui dizendo: - Não se maravilhe disso: Necessário nascer de novo. O vento sopra onde quer, e ouve a sua vos, mas não sabes donde vem, nem para onde vai. Ou seja Jesus estava dizendo que o novo nascimento não dependia de Nicodemos, e sim de Deus. O homem não pode produzir justiça própria, mas Deus que por sua graça atrai pecadores a fé salvífica. É por isso que esse é o primeiro ponto do Calvinismo: DEPRAVAÇÃO TOTAL DO HOMEM.

O Calvinismo diz que o homem não regenerado é absolutamente escravo de satanás, e por isso, é totalmente incapaz de exercer sua própria vontade livremente (para salvar-se), dependendo, portanto, da obra de Deus, que deve vivificar o homem, antes que este possa crer em Cristo.

Continuaremos esse post combatendo outros dois argumentos expressados em sala de aula, após as palavras do professor.

Um deles diz que o Calvinismo mata o evangelismo. O outro diz que o Calvinismo transforma pessoas em robôs. Será que isso é verdade?

"Só usamos o termo "Calvinista" como apelido...A doutrina que chamamos de Calvinismo, é a mesma que encontramos nos escritos de Agostinho, que é a mesma dos escritos do Apóstolo Paulo, que é a mesma ensinada por Cristo...o Calvinismo é o evangelho e nada mais" (Charles Spurgeon)

Que Deus continue abençoando a todos.

Soli Deo Gloria

Luiz Brito.
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Frases de Quem Sabia o que Falar!!!

  • Ao olhar-se no espelho de Romanos 3 verá que está descrito em termos nada louváveis à sua justiça própria, mas ali estará descrito como morto, guiado pelos espíritos malignos, distanciado de Deus, nas trevas, pecaminoso e condenado" (Elias Lopes)
  • “Se porventura conseguirmos atingir uma genuína compreensão desta Epístola [Romano], teremos aberto uma amplissima porta de acesso aos mais profundos tesouros da Escritura.” (João Calvino)
  • “Verdadeiro arrependimento é parar de pecar.” (Ambrósio)
  • "Só usamos o termo "Calvinista" como apelido...A doutrina que chamamos de Calvinismo, é a mesma que encontramos nos escritos de Agostinho, que é a mesma dos escritos do Apóstolo Paulo, que é a mesma ensinada por Cristo...o Calvinismo é o evangelho e nada mais" (Charles Spurgeon)
  • “Um simples cristão com a Bíblia na mão pode dizer que a maioria está errada.” (Francis Schaeffer)